Atenção amiguinhos! Hoje ouviremos a
estória: ‘O Burrinho Problema’
Numa bonita chácara, vivia seu João e
sua família. Como eles gostavam de Mimoso, o burrinho de estimação.
Mimoso era prestativo, acostumado a
puxar carroça, e além do mais, o único animal que eles possuíam!
Mas um dia, que tristeza! Precisando
muito de dinheiro, resolveram vender o burrinho. Zézito correu preparar o
Mimoso para a triste viagem ou despedida.
Pegou a raspadeira e pôs-se a escová-lo.
‘Mas... Que tal um banho? Pensou Zézito! Mimoso ficará com o pelo muito mais
macio e brilhante! Quanta gente vai querer comprá-lo.
Muito bem! O burrinho estava lustroso e
faceiro com um lindo cabresto no pescoço! E assim partiram seu João, Zézito e
Mimoso.
O garoto ia puxando o burrinho para que
este não se cansasse, e ele e o pai iam a pé.
De repente, um rapaz que passava de
bicicleta, disse: ‘Será caduquice ou penitência? Rá, rá, rá... ’.
Seu João achou que o rapaz tinha razão.
Montou no animal e mandou Zézito puxá-lo. Andaram um pouco, e o menino já
estava cansado.
Encontraram então uma senhora que, de
olhos arregalados, exclamou: ‘Tem graça! Um marmanjo montado, e o coitadinho do
menino a pé!’
Seu João achou que era isso mesmo e,
estendendo a mão para o menino, o ajudou a montar no burro. Agora, quem ficou
chateado foi Mimoso. Mas... A viagem continuou.
‘Quero ver o que vão dizer agora Zézito!’
Perto da cidade, viram uma banca de frutas, e o vendedor gritou: ‘Não sejam
tolos! Querem vender o animal e vão os dois montados nele? Assim, quem vai
chegar à cidade será à sombra do pobrezinho!’ Seu João: ‘Tá certo meu filho,
acho que ele tem razão!’
‘Eu apeio, e você que é levezinho, vai
montado. ’ E assim andaram quase um quilometro sossegado.
Porém, que surpresa ao verem ao verem um
menino, curvado diante deles dizendo: ‘Bom dia, majestade!’ ‘Por que
majestade?’ Indagou Seu João. ‘Por que, apenas reis andam assim, com um criado
as rédeas!’ Respondeu o menino. ‘O que? Criado eu? Que desaforo! Desce
depressa, Zézito!’ Disse seu João. E o menino desceu. O senhor cansado de tanto
palpites, teve outra idéia: ‘Meu filho, agora é o Mimoso que vai descansar! Vou
carregá-lo um pouco, e assim contentaremos a todos. ’
E então fazendo o maior esforço do mundo,
pôs o burro nas costas e, quase caindo, continuou o seu caminho.
‘Olhem, olhem!’ Que gritos horríveis!
Era um grupo de meninos que vaiavam os nossos viajantes: ‘Uh, uh! Vejam três
burros! Dois a pé, e um carregado. Qual deles é o mais burro?’ Seu João,
irritado com mais uma crítica, tirou o burrinho das costas dizendo:
‘O mais burro sou eu! Pois venho dando
ouvidos aos palpites de toda gente, mas vejo que é impossível satisfazer a
todos! De hoje em diante, darei ouvido apenas a voz da minha consciência!
Zézito, paz com a consciência e bola pra frente!’
E... Já era quase noite , quando seu
João e Zézito deram meia volta em direção à fazenda, pois resolveram não mais
vender o burrinho de estimação.
Amei.
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