Realizei uma enquete nos meses de outubro e novembro de
2009, com a pergunta:
Como funciona o Departamento Infantil da Escola Dominical de
sua igreja?
Obtive o seguinte resultado:
Em 10% das respostas a igreja não possui mais a Escola
Dominical
Nas que ainda mantém a estrutura da Escola Dominical:
20% - Têm classe única para todas as crianças
80% - Têm classes divididas por idades
32% - Há rodízio de professores a cada domingo
68% - Os professores permanecem fixos ao longo do ano
25% - Os professores dão lições avulsas conforme a sua
escolha.
75% - Os professores seguem um currículo escolhido pela
direção da Escola
Percebo uma tendência cada vez mais acentuada de
esvaziamento da Escola Dominical e que há muitas igrejas que não têm nenhuma
preocupação quanto ao que as suas crianças recebem de educação bíblica e
cristã.
Alguns líderes dedicados ao ministério infantil em suas
igrejas estão cada vez mais desanimados com a dificuldade de conseguirem
professores devidamente capacitados para trabalharem com as crianças, de acordo
com a sua faixa etária.
Além desta dificuldade, estão apontando outra, ainda mais
problemática: hoje, quando alguém porventura se apresenta para ajudar, não quer
assumir um compromisso que exija dedicação domingo após domingo. Querem ajudar
apenas um domingo por mês.
Um dos problemas mais cruciais está relacionado ao currículo
que é adotado.
Embora ainda a maioria das escolas dominicais tenha um
currículo estabelecido para o ano, é raro encontrar uma igreja que tenha um
currículo em longo prazo, contemplando a criança ao longo de todo o período da
infância, e que transmita uma visão histórico-cronológica da Bíblia.
Há algumas histórias bíblicas que as crianças ouvirão
dezenas de vezes. Outras histórias jamais ouvirão. O grande problema é que
falta a visão de transformar as histórias em lições que as crianças possam
aplicar em sua vida diária.
Há boas igrejas que até procuram estruturar bem o chamado
“Departamento Infantil”, no entanto o seu objetivo com isto é fazer com que os
pais destas crianças sintam-se felizes por terem uma igreja que se preocupa com
as suas crianças. Este é o seu único alvo. Falta, infelizmente, em muitas
destas igrejas, uma visão de se investir mesmo na formação da criança.
Este assunto é sério e solene. Assiste-se ao fenômeno, cada
vez, de crianças estarem sendo “igrejadas” e não evangelizadas e discipuladas.
Gilberto Celetti
Recebi pelo Grupo de EBD Infantil (Sandra Mac/RJ)
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