Jesus nunca pediu para que as crianças fossem retiradas de
suas mensagens, pelo contrário, quando algumas crianças foram levadas ao mestre
para que ele as tocasse Foram os discípulos que dificultaram as crianças chegar
ao mestre. Foi aqui que nasceram os primeiros diáconos, não que todos sejam
desta forma, mas muitos.
Jesus vendo a atitude dos discípulos repreendeu-os, ficou
indignado, pediu para que eles deixassem as crianças ter livre acesso
dizendo: “Deixai vir a mim as crianças, e não as impeçais, porque de
tais é o reino de Deus. (Marcos 10 v.13).”.
O mestre sabia que impedir as crianças de ter acesso a Ele,
era a mesma coisa que dizer que elas não são importantes para o Reino de Deus.
Imagine você, ser o membro de uma igreja e não poder conversar com o seu
pastor! Ser barrado pelos seguranças do pastor!
Parece brincadeira, mas já existem pastores e apóstolos que
agem desta forma.
Qual é a criança que ama alguém que a despreza? Será que
esta pergunta não deve ser feita para alguns ministérios?
Em muitas igrejas encontramos a mesma atitude dos discípulos,
muitas crianças são deixadas de lado de algumas programações.
Pode parecer contraditório, mas quando existem as nomeadas
“programações da família”, em muitas igrejas, os pais recebem a orientação para
deixar os filhos em casa, com avó, com a vizinha, com uma irmã para que a
programação saia como planejada, da melhor forma possível, para que ela tenha
sucesso.
E eu me pergunto:Será que estas programações são para a
família? Será que a melhor programação para a família é aquele que os filhos
atrapalham quando participam?
Certamente não.
Os filhos fazem parte da família, são personagens principais
e não coadjuvantes, são bênçãos e não maldição,devem participar das
programações para que saibam que eles são importantes para o corpo de Cristo e
para a família.
Não digo que elas devem fazer parte de toda programação, mas
deveriam participar de algum tipo de atividade no período que os pais recebem a
ministração. Muitos não participam destas programações porque não tem com quem
deixar seus filhos.
Se a igreja vai fazer uma programação especifica para casais
deve procurar a ajuda dos professores ou do ministério infantil! Eles podem
programar algum evento no mesmo horário do que da programação dos pais. Não é
tão difícil resolver esta questão, basta querer e ter vontade.
Para alguns líderes, a criança não nota tal diferença, mas
pelo contrário, existem crianças que estão com o olho no brinquedo e o ouvido
no púlpito, na hora do aviso, elas sempre estão ligadas!
Certa vez, o meu filho, Lucas,quando tinha 7 anos, teve uma
atitude interessante.
Quando chegamos da igreja, ele foi para o seu quarto.
Começou arrumar as malas, e a minha esposa perguntou o que ele estava fazendo.
A resposta veio :Estou arrumando as minhas malas porque o pastor disse que
Jesus pode vir a qualquer hora e levar a gente pro céu!
Quando o pastor estava pregando, ele brincava no banco da
igreja.
Agora, como uma criança se sente, ao ser excluída de uma
programação nomeada “da Família”?
Como uma criança vai ter prazer em ir a um lugar que a
exclui da sua própria família?
Se a igreja demonstra interesse por elas, esta atitude gera
amor e um relacionamento com a igreja. Os melhores relacionamentos são criados
por aliança de amor.
O caso se agrava em alguns ministérios em que a criança é
excluída explicitamente. Existem igrejas que possuem um lugar amplo, capaz de
oferecer uma estrutura compatível aos que os pequenos necessitam para aprender
da palavra de Deus da melhor forma possível, mas elas não têm o objetivo de
evangelizar as crianças e interesse de ter as crianças ativas no ministério.
Certa vez, perguntaram-me por que as crianças são tratadas
desta forma. Não demorei a responder: “Existem igrejas que não tem
programações para as crianças por que elas não são dizimistas, empresárias e
não podem participar de algumas campanhas “desafiadoras”. Eles não têm
interesse de promover programações para quem não dá lucros aos caixas
eclesiásticos.”
Amar os pequeninos é uma questão de Cristianismo
Graças a Deus não são todas que desprezam as crianças,
reconheço que muitas igrejas investem nos pequenos, fazem evangelização em
escolas, creches e nas ruas demonstrando o verdadeiro amor que Jesus tem com os
pequeninos. Preparam os seus professores investindo em cursos especializados
para a evangelização infantil. Isto é Cristianismo!
Os pastores e líderes de ministério precisam entender que,
quando Deus deu o seu Filho para morrer por nós, as crianças não foram
retiradas do pacote. Elas fazem parte do plano de salvação.
A igreja deve entender que hoje elas são crianças, amanhã
serão adolescentes e no futuro, adultos. A criança é a igreja de “hoje
e não do futuro”.
Elas também têm a necessidade de reconhecer o seu pecado, se
arrepender e aprender que Deus as ama de tal forma que quer ter um
relacionamento com elas. Quando mais cedo o ser humano aprender que Deus o ama,
o seu relacionamento será alicerçado na Palavra que salva, edifica e promove a
libertação do pecado, mais cedo.
Muitas vezes esquecemos que temos apenas que semear a
Palavra para que o Espírito Santo possa convencer do pecado, do juízo e da
Justiça ( João 16v.8). Quanto mais cedo o Espírito Santo trabalhar na vida do
ser humano, mais cedo ele aprenderá que Deus o ama. Não foi desta forma que
muitos largaram o que faziam para ter uma nova vida em Cristo?
Quando se fala em evangelização, não posso deixar de dizer
que a criança deve ter a sua própria linguagem, ela aprende com mais facilidade
quando visualiza e ouve. É necessário que as igrejas invistam nos pequeninos da
mesma forma que fazem cafés para empresários.
Para algumas igrejas, comprar historinhas, flanelógrafos,
fantoches, brinquedos para a brinquetoteca, livros com historinhas infantis
para distribuir entre as crianças e outras ferramentas necessárias para a
evangelização, é um investimento caro,mas para fazer café para empresários todo
mês, a igreja não pensa duas vezes.
Investir na criança pode gerar salvação, uma vida com temor
a Deus. Se você observar o índice de adultos que aprendem a palavra de Deus na
infância, você verá que, “ensinar a criança no caminho que deve andar
para que ela não se esqueça dele”, é uma grande verdade.
QUALIDADES DO MORADOR DO CÉU
Quando Jesus demonstrou as qualidades do morador do céu, ele
não citou as qualidades do sacerdote, do catedrático nas Escrituras, do levita,
do apóstolo, mas ele apresentou as características de uma criança ( Mateus 18
1-10).
As características que Jesus mostrou para aqueles que
perguntaram quem é o maior no reino são bem diferentes daquelas que são
observadas nos dias de hoje. Às vezes queremos ser o pregador “A”, o
Conferencista “B’, ser como o profeta “C’ ou o apóstolo “D”,mas nunca queremos
ser como uma criança.
A humildade é a característica fundamental
para o morador do céu.
Será que temos humildade para entender que devemos ser como
uma criança? E que elas são tão importantes para o Reino de Deus?
Alguns dão mais valor no conferencista que cobra cachê para
dizer aquilo que Jesus nos deu de graça do que na criança.
Receber as crianças é um sinônimo de receber o próprio Jesus
(Mateus 18 v. 5) . Infelizmente, muitos não sabem o reflexo espiritual na vida
de uma criança quando rejeitada, anulada e esquecida de lado. Quem fizer um
pequenino tropeçar em sua vida espiritual, terá que pagar um preço muito caro.
Jesus disse que quem fizesse um dos pequeninos tropeçar,
seria melhor que lhe pendurasse ao pescoço uma pedra de moinho e se submergisse
na profundeza do mar. ( Mateus 18 v. 6).
Jesus disse: “Vede, não desprezeis a nenhum destes
pequeninos; pois eu vos digo que os seus anjos nos céus sempre vêm a face de
meu Pai, que está nos céus. (Mateus 18v.7-10). “
A Bíblia demonstra que as crianças sempre participaram da
vida de Jesus, adoraram em espírito e em verdade o mestre no templo cantando “
Hosana ao Filho de Davi.”
Os principais sacerdotes se indignaram quando os pequeninos
reconheceram quem era Cristo, Jesus não hesitou em responder: Sim;
nunca lestes: “ Da boca de pequeninos e de criancinhas de peito tiraste
perfeito louvor?”
Conclusão
Se o mestre reconhecia a
importância dos pequenos adoradores, nunca o afastava de seu ministério, dava o
devido valor a eles, a ponto de usar suas características para dizer quem vai
morar no céu, repreendeu os discípulos quando quiseram opor-se que o mestre os
toca-se, quem somos nós para impedir que a criança tenha livre acesso ao
Salvador?
Quem somos nós para impedir a sua participação nas
programações da igreja?
Quem somos nós para não dar o valor que Jesus deu a elas?
Seria mais fácil fechar as portas da igreja do que manter
este tipo de posição que não sustenta as características do corpo de Cristo.
Deixe que as crianças venham até Jesus porque delas é o Reino de Deus.
Fonte: http://www.evangelhohoje.com/2012/01/criancas-na-igreja.html
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