Um carrinho de latão com duas
rodas, levava a cada manhã, Magda para recolher os papelões, latinhas e
garrafas que achava na rua.
Seu irmão, que era mais novo, a
acompanhava para cuidar do carrinho enquanto Magda entrava nas lojas para pedir
esmolas e caixas de papelão.
Os supermercados eram os seus favoritos, porque quando chegava perto da saída aproveitava a oportunidade e roubava alguma guloseima das prateleiras próximas da porta.
Na rua Magda aprendeu
muitas coisas: a fumar as bitucas que encontrava jogadas no chão, a brigar com
os outros, que assim como ela, juntavam papelões e garrafas. Também aprendeu a
correr, fugindo dos cachorros que a perseguiam para atacá-la.
Os supermercados eram os seus favoritos, porque quando chegava perto da
saída aproveitava a oportunidade e roubava alguma guloseima das prateleiras
próximas da porta.
Na rua Magda aprendeu muitas coisas: a fumar as bitucas que encontrava
jogadas no chão, a brigar com os outros, que assim como ela, juntavam papelões
e garrafas. Também aprendeu a correr, fugindo dos cachorros que a perseguiam
para atacá-la.
Ainda que morasse com seu pai e a
sua mãe, ela convivia pouco com eles. Eles quase não paravam em casa. E quando
se encontravam ninguém se preocupava com o outro. Nem sempre havia comida para
todos e por muitas vezes eles iam para a cama dormir somente com uma xícara de
chá no estômago.
Na escola, Magda era uma visitante, já que faltava mais do que assistia
as aulas. Tampouco gostava de ir, pois as outras crianças a rejeitavam porque
Magda era briguenta e batia em todos.
Também porque quando ela gostava de algo que os seus colegas tinham,
logo roubava.A vida de Magda se passava entre a ignorância e a rejeição das
pessoas próximas.
Um sábado pela manhã, como tantos outros, tomou o seu carrinho e junto
ao seu irmão saíram para catar papelões e garrafas. Depois de atravessar
a avenida, andaram mais dois quarteirões e na pracinha do bairro viram um grupo
de crianças brincando, dirigidas por uma professora. Lentamente se aproximaram,
quase escondidos, para não serem vistos.
Mas uma Tia os viu e convidou-os para participar.
Um “NÃO” cheio de medo saiu da boca de Magda. E um “SIM!” entusiasmado
saiu da boca do irmãozinho. Mas como Magda era a mais velha, se fazia o que ela
ordenava. Então os dois ficaram num canto olhando.
Depois das brincadeiras todos se assentaram em círculo e começaram a
cantar. De longe os irmãozinhos ouviam as letras ainda que não entendiam bem do
que se tratava.
Quando a música parou a professora tirou umas ilustrações e começou a
explicar algo para as crianças. De onde estavam, os irmãos não conseguiam ouvir
nada, então Magda deu um forte tapa nas costas do mano e disse:
-“Vamos perto das crianças que não dá pra ouvir nada!”
Magda, seu irmão e o carrinho foram se aproximando lentamente e em
silencio para não chamar a atenção.
Outra professora veio, deu um beijo neles, os convidou para sentarem
junto aos outros e disse: Bem vindos! Não se preocupem, eu cuido do carrinho!
Magda estava surpresa, havia muito tempo que ninguém a cumprimentava com
tanto carinho e muito menos com um beijo.
Um livro grande com páginas coloridas prendeu a sua atenção.
A professora começou a dizer: A página amarela nos lembra do amor que
Deus tem por cada um de nós. Ele nos deu de presente o sol, as plantas, os
animais, e nos deu a vida, por isso ele nos ama do jeito que a gente é… sem
importar a idade, a cor do cabelo e da pele, se somos altos ou baixinhos.
Magda pensava: Tenho certeza de que Ele não gosta de mim, porque eu
brigo, fumo e roubo….
A professora continuou e mostrou a página preta. Esta parte do livro nos
lembra as coisas más que fazemos. Deus as chama de PECADO e essas coisas nos
separam dEle.
Mas Ele continua nos amando mesmo assim! Deus rejeita o pecado, mas ama
ao pecador!
-Eu não acredito! É impossível que alguém me ame do jeito que eu sou!
Pensava Magda.
…Jesus o Filho de Deus, que nunca cometeu um pecado, morreu na cruz em
nosso lugar para pagar o preço do pecado que cometemos. Porque o salário de
pecado é a morte. Por isso esta página vermelha nos lembra que Jesus morreu e
derramou o seu sangue por amor a nós– continuava a professora.
Magda já não conseguia dizer mais nada, ela estava curiosa para ver que segredos
continham as próximas páginas.
A cor branca continuou a tia, nos fala de uma vida nova e limpa, sem
pecado, que Deus oferece a todas as pessoas que acreditam que Jesus morreu por
elas. E as pessoas que se arrependem dos seus pecados, recebem Jesus como
salvador das suas vidas. Somente devemos falar com Deus dizendo isto.
Eu faço um convite para vocês:
Todos os que querem receber Jesus orem comigo.
Magda compreendeu que essa era uma oportunidade para ter uma vida nova
com Jesus no coração e não quis desperdiçá-la, por isso se ajoelhou, abaixou a
cabeça e orou junto com outras crianças.
“Deus, eu acredito que Jesus morreu por mim na cruz do calvário. Eu me
arrependo de todos os pecados que cometi e te peço perdão por eles. Eu quero
receber Jesus dentro do meu coração como o Salvador da minha vida e me tornar
assim uma filha de Deus. Em nome de Jesus. Amem”.
A professora explicou para todos que agora eram filhos de Deus e que
tinham acabado de receber a vida eterna como presente de Deus. E que poderiam
crescer em Deus, por isso a cor verde que faltava na lição falava de
crescimento espiritual. Orar todos os dias, congregar numa igreja e ler a
bíblia nos ajudam a crescer igual uma planta bem regada e cuidada!
Quando terminou a pequena reunião bíblica de crianças, Magda voltou para
o seu trabalho, juntou muitos papelões e garrafas. Mas quando passou pelas
prateleiras dos doces do supermercado ela olhou, mas não roubou nada.
Já não queria mais roubar, nem brigar, nem fumar, nem fazer coisas que a
distanciassem de Deus.
Tudo era diferente agora, Magda era uma filha do amado Deus e queria viver
uma vida que o agradasse.
Na segunda-feira foi na escola, e para surpresa de todos, não bateu em
ninguém, e ainda ajudou a uma coleguinha a juntar os lápis que haviam caído ao
chão e não roubou nada.
Magda não era mais a mesma, Deus havia operado um milagre, a salvara e a
tornara a sua filha para sempre. Diferente para sempre…
TEXTO: CHENA (REVISTA EL BARQUITO DE JESÚS)
TRADUÇAO: GABRIELA PACHE DE FIÚZA
ILUSTRAÇAO: GABRIELA PACHE DE FIÚZA
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